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segunda-feira, dezembro 19, 2011

Termo: Aljava


Carcás ou receptáculo geralmente feito de couro, pendurado ao ombro, que servia para o caçador ou o soldado conduzir as setas, Is 49:2; Lm 3:13. Este tipo de sacola mantinha as flechas guardadas e próximas das mãos, para uso sempre que necessário. Esta palavra aparece pela primeira vez na Bíblia em Gn 27:3. Os arqueiros assírios carregavam a aljava às costas, em linha diagonal com a boca voltada para o lado direito. Os arqueiros que combatiam dentro das carroças de guerra, levavam as aljavas penduradas ao lado do veículo. Os egípcios também carregavam as aljavas às costas, em posição horizontal e com a boca para o lado esquerdo. 
Em Is 49:2 o termo é usado figuradamente, para afirmar que o profeta, uma flecha de Deus, está oculto em sua aljava: “(O Senhor) fez a minha boca como uma espada aguda, na sombra da sua mão me escondeu; fez-me como uma flecha polida, e me guardou na sua aljava”. Embora o texto represente um alvo que Deus alcançaria na pessoa do Seu Filho, como flecha perfeitamente preparada, oferecendo restauração aos descendentes de Jacó e sendo fonte de salvação para todas as nações, também se aplica ao servo de Deus. Os filhos devem ser como uma flecha polida. Todo arqueiro sabe que a flecha precisa ser tratada minuciosamente antes de ser usada para atingir determinado objetivo. A flecha precisa estar livre de qualquer corpo estranho que venha a comprometer a sua leveza e aerodinâmica. 
No Salmo 127, Salomão, descrevendo a segurança e prosperidade como bênçãos das mãos de Deus, cita os filhos, como parte definitiva destas bênçãos. A mulher, portanto, é abençoadora do seu lar, gerando filhos. Apresenta os filhos como “herança do Senhor” e o “seu galardão”. “Como flecha na mão do valente, assim são os filhos da mocidade”, v. 4. Jesus é o grande valente que deseja ter os filhos gerados pelos crentes em Suas mãos. A flecha é nada, a não ser que esteja à disposição do guerreiro. Em Suas mãos ela será útil e eficiente. É com ela que o inimigo será atacado. Por meio das flechas em suas mãos, o Senhor haverá de esmagar a cabeça de Satanás, Rm 16:20. Manter os filhos como “flecha polida” representa prepará-los, por meio da Palavra, do ensino, da correção, do aconselhamento, dos exemplos, das circunstâncias e do amor, para que o caráter de Cristo seja formado em suas vidas. O preparo da flecha implica trabalho, modelagem, transformação. O Salmo 127 conclui: “feliz aquele que enche a sua aljava de filhos”. Ver a mulher e o ensino, no item mulher. 
A aljava, condutora de setas, é comparada com os filhos e filhas, que se tornam uma bênção para toda a família, se acobertados pelos pais em intercessões, ensinamentos, aprendendo a confiar no Senhor em todas as batalhas da vida. O resultado é: “não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta”, isto é, a família torna-se uma defensora da unidade, da moralidade, dos bons costumes, de tudo o que a faça feliz. Tomemos o exemplo de Jesus, que ficou na “aljava” da família até os 30 anos de idade. Não fez discípulos, não curou enfermos, não ressuscitou mortos, não evangelizou. No dia em que se apresentou para ser batizado por João, Jesus começou o seu ministério público. A flecha foi lançada pelo Pai, operando salvação, curas, libertações e muitos benefícios em favor da humanidade. Assim também foi com o profeta João Batista, ver Isabel. Assim será com os filhos que são polidos, cuidados, afiados e guardados na aljava, até que sejam lançados a um mundo que “jaz no maligno”, prontos para serem usados pelo Senhor e se tornarem instrumentos de salvação na terra.

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