Estudo: O crente e a Águia

Is 40.31

O cristão é comparado à águia. A maior das aves – seres livres, que dominam o céu. Ele não serve a deuses pequenos, que nada são, mas ao grande e poderoso Deus. “Na presença dos deuses, a Ti cantarei louvores”. Vejamos algumas características da águia, essa formidável ave:

1. ELA VOA ALTO – tem vocação para as alturas. O Inhambu é presa fácil dos caçadores, porque voa baixo. Temos que evitar zonas de perigo, minas, território do inimigo. Temos que sair e empreender vôos nas alturas, pela fé.

2. ELA VOA CADA VEZ MAIS ALTO – instabilidade, comodismo, oscilação e estagnação são inimigos da nossa vida vitoriosa. Precisamos aprender a voar cada vez mais alto, cada vez mais distantes das misérias dessa terra. Col 3: "pensai nas coisas que são de cima, onde Cristo nos fez assentar".

 

3. ELA VOA ACIMA DA TEMPESTADE – Quando vem o temporal e as nuvens ameaçadoras, ela empreende forças e voa para cima das nuvens, pondo-se a seguro, até que a tempestade passe. Sl 587.1: "À sombra das Tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades". Deus é o nosso refúgio

4. ELA VOA PARA A FRENTE, NÃO EM CÍRCULO – tem alvos definidos. Não vive estagnada pela preguiça, nem anda para trás como o caranguejo. Urubu: voa em círculo, sem alvos definidos. A águia revela no seu vôo desenvolvimento, progresso, crescimento, avanço. SEU VÔO É RETO, NÃO SINUOSO – mostrando a sua transparência. Não disfarça, nem mente, não dissimula. Somos filhos da luz... sem disfarces.

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5. ELA POSSUI VISÃO INTEGRAL – não é bitolada. Vê com discernimento, em todas as direções. MAS PODE FOCAR NUM PONTO, sem perder a noção do quadro geral. Isto representa enfrentar o alvo com discernimento, tendo visão dos perigos que envolvem o alvo que desejamos atingir.

6. MIRAR O SOL – é o único ser vivo que consegue mirar o sol sem problemas. Clara visão do alto. Vê o que nenhuma outra ave contempla. Sl 34: "Olharam para Ele e foram iluminados, e seus rostos não sofrerão vexames".

7. INTIMIDADE COM AS ALTURAS – não vive em cativeiro. Ama a liberdade. Gl 5.17 – Deus nos chamou para a liberdade (não libertinagem). Ela morre, mas não aceita o aprisionamento. Nao podemos aceitar que nada nos aprisione. Heb 12.1,2: "Portanto nós, também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado, que tão de perto nos rodeia, e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para Jesus, autor e consumador da fé".
O medo não pode fazer parte do nosso vocabulário: Medo da morte – medo do diabo – medo de falar de Jesus – medo de se entregar a Deus. "O verdadeiro amor lança fora o medo".

8. FIDELIDADE, BASE DO CASAMENTO FELIZ - A águia observa o princípio da fidelidade até que o parceiro morra. Ela não é como a galinha, onde um bando inteiro é coberto por apenas um galo.

9. QUEBRANTAMENTO E RENOVAÇÃO – Sl 103.56 - “Deus, é quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia”.  A águia vive em torno de 40 anos, quando nota que seu bico está desgastado, suas penas estão pesadas e suas garras, sem poder para alcançar a presa. Então, A AGUIA BUSCA, POR MEIOS DOLOROSOS, a sua renovação, o que vai lhe permitir viver, pelo menos, até os 70 anos.
a) Ela pára suas atividades.

Ativismo – Deus não está interessado no que fazemos, mas no que somos. O que fazemos deve ser consequência do que somos. Ele quer que sejamos adoradores, pessoas que buscam a Sua face, inconformadas com situações de peso e desgaste, que buscam a sua renovação.

b) Isolamento para renovação.

Andar em bandos quando tudo vai mal, só aumenta o nosso peso. Deus levou Elias sozinho para a caverna, a fim de que fosse renovado. Lam 3 – “assentar-se solitário”. Não é viver fora do contexto social, é tirar um tempo (não muito longo) para buscar a renovação de Deus. Continuar com as atividades, mas separando momentos de oração e busca. "Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam, me acharão", Pv. 8.17.

c) Arrancar as penas

Sozinha no alto monte, ela começa a arrancar suas velhas e pesadas penas com o bico. Alimentar a auto-comiseração, ficar buscando os culpados, só traz desolação e um final infeliz. É preciso se desfazer das velhas penas, esquecer o passado, deixar o que ficou para trás e, com nova decisão, deixar que surjam penas novas, sem calosidades, que permitam um voo livre e abençoado.

d) Esfregar seu bico na rocha
Depois, ela começa a esfregar o bico na rocha, até sangrar. É hora de parar e deixar que nasça um novo bico, que lhe permita vencer e dominar as presas. Murmurações, reclamações, maledicências, conversas vãs, de pouco ou nada adiantarão. Jesus é a Rocha onde devemos "esfregar o nosso bico" e pedir a Ele sabedoria e graça para usarmos o novo bico somente para aquilo que é bom.
e) Bater as garras nas rochas

Quando seus unhões estão pontiagudos, cheio de calosidades,m ela também os esfrega na rocha até arrancá-los. Precisa nascer novas unhas, para agarrar as presas.
Feito esse processo com as penas, o bico e as garras, ela fica quieta, em contemplação do sol, esperando que tudo se renove e ela tenha novas forças para recomeçar mais outro tanto de vida, dominando os ares.

 
10. DISCIPULADO DOS FILHOS – Dt 32.11 - “Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus filhotes, estende as suas asas, e, tomando-os, os leva sobre ela”. VOEJA PARA DAR O EXEMPLO – TIRA O CONFORTO – TOMA-OS E LANÇA-OS.

Estudo feito por Ev. Alaid S. Schimidt

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