Embora os filósofos, psicólogos e mesmo teólogos teçam inumeráveis definições sobre o que é o homem, na verdade o mundo tende a ver o homem, em resumo, numa das duas maneiras idólatras:
1. Materialismo: vê o homem como composto de nada mais do que componentes materiais. Seus aspectos intelectuais, emocionais e espirituais não são nada, mas produtos de sua natureza material agindo de acordo com as regras da física e da biologia.
Essa tendência traz algumas implicações:
a) O homem não é responsável pelo seu comportamento. O meio-ambiente é culpado pelo comportamento não aceitável. (Leva à ênfase em programas sociais, grande governo, etc.).
b) O homem não é distinto das outras matérias da criação. Portanto, ele não tem nenhuma dignidade ou importância inerente. Os animais (até mesmo as plantas) têm a mesma importância inerente que as pessoas. Platão chegava até a dizer que as plantas possuem alma. O evolucionismo enxerga o homem provindo de um animal parecido com ele fisicamente.
c) A identidade do homem não é, de forma alguma, relacionada com Deus. Portanto, o homem é em algum sentido um fim em si mesmo, o que é idolatria.
2. Idealismo: vê o homem como um ser essencialmente espiritual, e seu corpo físico é estranho à sua essência. O corpo não é nada, senão um invólucro para o espírito ou intelecto.
Essa tendência também traz implicações:
a) O corpo do homem é negligenciado.
b) Os feitos realizados no corpo não poluem a essência da pessoa.
c) A identidade macho/fêmea é um acidente biológico.
A visão cristã:
A visão cristã sustenta estes dois aspectos - o material e o espiritual - juntos em perfeita harmonia. Mas a visão cristã transcende a isto. A Bíblia apresenta o homem no contexto apropriado da relação Criador/criatura:
a) O homem é criado e sustentado por Deus, Gn 1.27, At 17.25,28.
b) O homem é uma pessoa e, portanto, capaz de fazer escolhas morais, Js
24.15; Is 7.15.
c) O homem foi feito à imagem de Deus, Gn 1.27.
A imagem de Deus é a chave para a identidade do homem:
a) O homem é o representante de Deus, Gn 9.6.
b) O homem é uma pintura de Deus em alguns aspectos, Gn, 1.26-31.
c) Cristo, o Deus-homem, é o representante perfeito do que significa a imagem de Deus, 2 Co 4.3-4, Cl 1.15.
Como resultado da queda, a imagem de Deus no homem foi corrompida, mas não perdida inteiramente, Sl 58.3; Rm 5.12; Rm 8.7,8; 1 Co 2.14. O homem é basicamente mal, porém tem uma forma de ele se tornar bom:
a) A imagem de Deus foi corrompida em todo aspecto do ser do homem.
b) A imagem de Deus não foi perdida inteiramente: Gn 9.6, Tg 3.9-12.
c) Deus restringe o pecado através da operação da graça comum, Gn 20.6; Rm 2.14,15.
d) A imagem de Deus é renovada através da salvação em Cristo, Rm 8.29; Cl 3.9-10.
A visão cristã do homem tem implicações:
a) Tratamento do fraco e indefeso, com sobejas passagens bíblicas admoestando a essa postura.
b) O lugar próprio para a auto-estima, admoestado a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
c) Crítica de comportamento, onde a construção do caráter deve ser feita à imagem e semelhança de Cristo.
d) Crítica de teorias educacionais construtivistas, buscando o crescimento em todas as áreas da vida humana.
Estudo feito por Ev. Alaid s. Schimidt
Nenhum comentário:
Postar um comentário