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terça-feira, maio 11, 2010

Estudo: Livros Apócrifos

1. DEFINIÇÃO:  A palavra “apócrifo” quer dizer “oculto” ou “espúrio”.
 
2. O QUE OS DIFERENCIA DOS OUTROS LIVROS DA BÍBLIA?
A) São livros genuínos, verdadeiros, mas não de inspiração divina e de autoridade igual a da Bíblia.
B) Nunca fizeram parte do sagrado cânon em hebraico adotado pelos judeus e nem o escrito em grego, adotado pela Igreja Primitiva.
C) Jamais foram citados por Cristo ou pelos apóstolos. Assim, os protestantes, baseando seu movimento na autoridade divina da Palavra de Deus, rejeitaram logo esses livros apócrifos como não fazendo parte desta Palavra, assim como a Igreja Primitiva e os hebreus antigos o fizeram.
D) Sendo o Senhor Jesus o centro da Bíblia, Ele não é encontrado em nenhum desses livros.
E) Foram produzidos depois de haverem cessado as profecias, oráculos e a revelação direta do Antigo Testamento.
F) Podem servir para exemplo de vida, instrução de costumes, constatação histórica, mas não de autoridade em matéria de fé.
 
3. OS LIVROS APÓCRIFOS DO ANTIGO TESTAMENTO
Foram acrescentados às Sagradas Escrituras pela primeira vez e contra a vontade dos judeus, na tradução do Antigo Testamento  em versão latina, adotada pela Igreja Católica, a qual declarou estes livros canônicos, para combater o movimento da Reforma, no Concílio de Trento, 1546 d.C.
a) I Esdras – é uma compilação de passagens do livro canônico de Esdras, 2 Crônicas e Neemias, com lendas a respeito de Zorobabel. Seu objetivo foi descrever a liberalidade de Ciro e Dario para com os judeus, como modelo para os ptolomeus.
b) 2 Esdras –  às vezes chamado de IV Esdras. As visões que, supostamente, Esdras tivera de uma “nova era”.
c) Tobias – um romance no tempo do cativeiro de Israel pela Assíria, totalmente destituído de valor histórico, onde um israelita rico, cativo em Nínive, foi guiado por um anjo a desposar uma “casta viúva” que perdera sete esposos.
d) Judite – romance histórico, de uma viúva israelita, rica, bela e devota, que nos dias da invasão babilônica de Judá jeitosamente penetrou na tenda de um general e, fingindo entregar-se a ele, decepou-lhe a cabeça e salvou a sua cidade.
e) A Sabedoria de Salomão  - muito semelhante a partes de Jô, Provérbios e Eclesiastes. Espécie de mistura do pensamento hebreu com a filosofia grega. Escrito por um judeu de Alexandria, cerca de 100 a.C., que fez o papel de Salomão.
f) Eclesiástico – Também chamado de “A Sabedoria de Jesus, Filho de Siraque”, parecido com Provérbios e escrito por um judeu muito viajado. Apresenta regras de conduta para todos os particulares da vida civil, religiosa e doméstica.
g) I e II Macabeus – Obras históricas de grande valor sobre a era dos Macebeus. Relata acontecimentos da luta heróica os judeus pela liberdade, em 175-135 a.C. Seus ensinos religiosos são contrários à orientação bíblica da lei de Moisés.
h) Baruque – obra escrita cerca de 300 a.C., e que dá a entender ser de autoria de Baruque, o amanuense de Jeremias.
i) Acréscimos:  no livro de Éster, querendo mostrar a intervenção de Deus na história; nos livros de Daniel: “O Cântico dos três Moços”, “A História de Suzana”, “Bel e o Dragão”; em 2 Crônicas: “A Oração de Manasses”. Todos estes, não batem com os originais e não têm seqüência bíblica.
 
4. APÓCRIFOS NO NOVO TESTAMENTO:  Embora existam alguns apócrifos, como “O Evangelho segundo os Hebreus”, “O Evangelho segundo São Tiago”, “Os Atos de Pilatos”, não foram canonizados nem pelos católicos romanos, portanto, sem necessidade de estudo.
 
5. O QUE A BÍBLIA DIZ A ESTE RESPEITO?
 Apoc 22:18,19; Deut 4:2; 12:32; Prov 30:5,6

6. QUAL DEVE SER A NOSSA POSIÇÃO?
 Sal 119:11, 105; Mat 22:29; 2 Tm 2:15 e 3:16,17

Estudo feito por Ev. Alaid S. Schimidt

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