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terça-feira, outubro 26, 2010

Estudo: A preocupação do Missionário (pessoas ou grupos?)


O missionário é enviado com uma missão. Em primeiro lugar, ele deve se preocupar em fazer a vontade de Deus. Jesus tanto fez o evangelismo pessoal, como o evangelismo de massa, como o evangelismo de alistamento. Assim também foi com os discípulos que Ele separou para fazer a obra missionária. Quem envia um missionário já lhe repassa instruções e mentaliza resultados com sua atuação. Mas quem deve estar mesmo na direção é o Senhor. Temos o testemunho de Hudson Taylor, que a missão exigia o seu trabalho na capital, mas o Senhor o chamava para o interior da China. Ele perdeu privilégios junto à Missão, mas ganhou almas que o Senhor amava, ainda que a expensas de muito sacrifício pessoal.
No âmbito do evangelismo pessoal, vemos o Senhor Jesus entrando em Samaria e ali evangelizando a mulher na beira do poço de Jacó, Jo 4. O alvo dele era a cidade, mas Ele tinha que começar por alguém. E todos creram, por causa daquela mulher. O texto diz que “era necessário que Ele passasse por Samaria”. Na verdade, não “era necessário”, porque os judeus já haviam feito um caminho secundário, que desviava de Samaria, considerada por eles como terra imunda. Mas Ele recebera orientação do Pai, sem dúvida, e alcançou o Seu objetivo. O Senhor Jesus teve um encontro pessoal com Nicodemos à noite, sem que alguém os contemplasse. De outra feita, Jesus entrou na cidade de Naim, lugar que os discípulos jamais imaginariam, por ser pequena aldeia, mas o Pai O enviara ali para operar um milagre perante uma multidão chorosa e muitos creram em Sua palavra.
Da mesma forma, o livro de Atos registra como os discípulos puderam agir no ensino pessoal, como Filipe, que encontrou o eunuco na estrada de Gaza, 8:26-38; Pedro encontrou pessoalmente a Enéias, 9:32-35; Paulo e seus companheiros encontraram Lídia, que se converteu (16:14,15), o carcereiro (16:32), Onésimo (Fm10), entre outros.
Jesus utilizou-se do método do evangelismo em massa em quase todos os lugares que chegava, pregando às multidões, fazendo milagres e levando muitos a crer no reino de Deus. O clássico Sermão do Monte foi dito às multidões, Mt 5-7, bem como muitas lições preciosas foram transmitidas à beira do mar e rios, nas praças e ruas. Da mesma forma, os discípulos também pregavam em lugares de ajuntamentos (At 17:16-31), escolas (At 19:9), tribunais (At 24-26), presídios (At 1625).
As pessoas que eram alistadas nas sinagogas para o ensino sabatino, também foram evangelizadas por Jesus e pelos discípulos, em todas as cidades que eles chegavam, como vemos em vários trechos dos Evangelhos e de Atos. Hoje o evangelismo de alistamento é feito em Escolas Dominicais e em cursos de discipulado.
Tendo em vista tais colocações, reafirmamos nosso parecer, de que o missionário deve se empenhar primeiramente em fazer a vontade de Deus. Estando em Mísia, Paulo e Timóteo queriam ir para Bitínia, mas o Espírito Santo os impediu e depois eles foram orientados por Deus para irem à Macedônia, At 16:6-10. Eles andavam em submissão à revelação divina. Também Filipe, quando foi para a estrada de Gaza, o fez em obediência a uma visão onde o anjo do Senhor lhe falava o próximo passo a dar, At 8:26. Terminada a sua tarefa junto ao eunuco, diz a Bíblia que “o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe... (que) veio achar-se em Azoto; e, passando além evangelizava todas as cidades até chegar a Cesaréia”, v. 39,40. Uma pessoa salva ou curada pode trazer muitas vidas ao conhecimento da verdade, propiciando a evangelização de um grupo, de uma cidade e até de uma nação.

Estudo feito por Ev. Alaid S. Schimidt

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