Na Bíblia, “palavra”não é apenas a manifestação do pensamento ou da vontade, mas é algo concreto que continua existindo, carregado com a força da pessoa que a pronuncia. Assim, a bênção pronunciada sobre Jacó não podia ser revogada (Gn 27,35-37) e a maldição proferida por Josué (Js 6,26) ou pelos gabaonitas (cf. 2Sm 21,1-14 e notas) continua agindo muito tempo depois (1Rs 16,34).
A Palavra de Deus é eficaz na criação (Gn 1,1s; Sl 147,15-18; Mt 8,24-27; Jó 36,5-13; Is 44,26-28; 55,11; Sb 18,14-19).
A palavra é simbolizada no pão que um dia se converterá no pão da Eucaristia (Am 8,11; Ex 16,4-15; Dt 8,3; Mt 4,3s; Jo 6,28-51).
Cristo é a Palavra encarnada (Jo 1,1s; 8,31-47; 1Jo 1,1; Ap 19,11-16; Mc 13,31), que continua a atuar na Igreja (At 4,29-31; Fl 1,12-14; Hb 13,7-9; Lc 10,16; 2Cor 2,14-16; 2Tm 4,1-5).
O mutismo dos profetas prova que Deus já não está com o seu povo (1Sm 3,1; Is 28,7-13; Am 8,11s). A abundância da Palavra é sinal da presença dos tempos messiânicos (Jl 3,1s; At 2,1-4). Por isso, se desata a língua de Zacarias e Cristo faz ouvir os surdos e falar os mudos (Lc 1,64-67; 11,14-28; Mt 9,32-34; 12,22-24; Mc 9,17-27).
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