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quinta-feira, janeiro 26, 2012

Realidade: Preguiça


Preguiça é um comportamento manifesto de aversão pelo trabalho, indisposição para executar tarefas. A preguiça produz atitudes de indolência, de ociosidade, de negligência e de fuga no sentido de evitar as responsabilidades. A preguiça não faz parte da natureza humana, porque toda pessoa tem necessidade inata de atividade produtiva, de uma ação contínua e progressiva da sua força natural para ser útil ao grupo em que vive. Por meio do trabalho a pessoa corresponde à sua necessidade de expor os seus talentos naturais
e obter o reconhecimento que aumenta a sua autoestima. A preguiça é um hábito maléfico para a própria pessoa e para o ambiente onde vive, constituindose num erro permanente e destrutivo. Geralmente a preguiça é proveniente de uma distorção educacional, aprendida desde a infância com a repetição dos exemplos dos adultos, que alardeiam contra o trabalho, ou deixam de atribuir responsabilidades na época da formação da pessoa, com a devida exigência da sua execução.
Além da pessoa preguiçosa acomodar-se ao vício da indolência, desviar-se das atividades de trabalho, entregar-se a atividades de fuga, quando ela se põe a fazer alguma coisa geralmente não vai até o fim. Está continuamente atrasando o seu próprio progresso. Tudo o que lhe é exigido pelos próprios compromissos da vida em sociedade é postergado e envolvido pela dispersão, pela falta de ação e de coragem.
O sábio Salomão faz uma analogia da preguiça com a diligência da formiga., Pv 6:6-11. Existe uma suposição subjacente no texto, acerca de que o universo é ordeiro, inclusive no humilde mundo dos insetos. O ser humano pode tomar o trabalho da formiga como exemplo para a sua vida e buscar ali sabedoria: sem chefes, oficiais ou comandantes, no estio elas preparam o seu pão e na sega ajuntam o seu mantimento. A diligência da formiga repassa uma mensagem de atividade prudente na economia humana.
O preguiçoso se deixa dominar pelo sono, fica sempre deitado, dorme um pouco, tosqueneja outro pouco, um pouco encruza os braços em repouso e não observa que assim sobrevém a sua “pobreza como um ladrão e a sua necessidade, como um homem armado”. A inatividade da pessoa expressa uma atitude de insensatez, Pv 10:26; 13:4; 15:19; 19:24; 20:4; 26:16. A referência ao “homem armado” é a de um gatuno que domina a sua vítima. Ser dominada pela preguiça é ser candidata à pobreza.



Nas relações humanas, a pessoa preguiçosa freqüentemente não tem credibilidade. Ela adquire a fama de não cumprir o que fala, nem realizar seus deveres e compromissos, vivendo por adiar as suas responsabilidades. Na realidade, a preguiçosa é uma pessoa frustrada, não realizada e a principal vítima da própria preguiça. Desanimada pelo descrédito, ela sente contínua solidão e vive se queixando de que lhe falta a vitalidade. Devido a essa atitude de inépcia, ela sente repulsa por atividades físicas, adia e demora a tomar decisões, é desleixada com relação às coisa pessoais e da família e imagina poder viver sem uma atividade produtiva.
Quem cultiva a preguiça não cultiva relacionamentos duradouros, compromissos familiares e sociais, vive estressada, despreza conselhos e advertências que lhe são dados, enfim, é escrava das pressões recebidas por causa da sua indolência, fica pobre e sempre em necessidade. A Bíblia reage contra a pessoa preguiçosa, como vimos em Pv 6:6-11.
Uma das características da mulher virtuosa, é que ela “não come o pão da preguiça”, Pv 31:27. A diligência é recompensada por Deus e pelos homens.
A preguiça não precisa ser uma atitude permanente. A pessoa pode reagir. A preguiça será eliminada quando for reconhecida como uma adversária, uma forte inimiga, diante da realização pessoal, do sucesso, da prosperidade, do prestígio e da liberdade humana. Os seus hábitos, formados pela repetição, ou de exemplos ou de comportamentos próprios, podem ser perfeitamente mudados e substituídos por outros. Jesus sempre será a solução para todos os problemas do ser humano. Ele disse: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. A verdade é que a pessoa é preguiçosa, essa atitude tem efeitos desastrosos e ela precisa se libertar. Depois, Ele acrescentou: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”, Jo 8:32,36. A ação de Jesus, aliada à boa vontade da pessoa, trará a ela mudança de hábitos, eliminação dessa atitude e o comprometimento pessoal com atividades que serão benéficas e ela, à sua família, à Igreja e à sociedade em geral.

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