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quarta-feira, junho 13, 2012

Estudo: Conscientização Missionária - Parte 2


IV – A CONSCIÊNCIA DO ALVO DE MISSÕES
        A ação missionária começa dentro da Igreja e segue em direção ao último pecador    do mundo, At 1:8. O campo é o mundo, Mt 13:38a. 
- Is 40:28 – Deus é universal e não tribal.
- Jo 3:16 – Deus ama o mundo, embora odeie o sistema mundano, Tg 4:4.
- Ez 18:23; 33:11 – Deus não tem prazer na morte do ímpio.
- Mt 12:21; At 13:47 – A solução de Deus para o mundo é o Cristianismo.
- Ez 33:6 – Deus requererá o sangue dos pecadores das mãos dos Seus servos, que são “a boa semente”, Mt 13:38b.

V – A CONSCIÊNCIA INDIVIDUAL
       Todos os crentes são chamados para ganhar as almas para Cristo. Uns pela oração, outros pela contribuição, outros pelo evangelismo pessoal, outros pela pregação da Palavra, mas todos pelo testemunho, Rm 10: 11-17. A Igreja Primitiva ganhou o mundo pelo evangelismo pessoal e em massa – “cada crente uma testemunha”. Onde houver uma alma não salva, ali é o campo de atuação do cristão.
      Quando os crentes perdem a visão da sua função no corpo de Cristo, em vez de fazerem parte da “Grande Comissão”, entram para o rol da “Grande Omissão”. O Senhor, além de dar Jesus para morrer pelos homens, deu aos homens condições sobejas para cumprirem o seu chamado, por meio do Espírito Santo, o que anula todas as desculpas dos negligentes, Ef 4:8.
      - “Flecha nas mãos do Senhor” – Is 49:2,3; 2 Re 13:14-19.


VI – A CONSCIÊNCIA DA MENSAGEM
         Missões só têm sentido se existir uma necessidade, alguma coisa para fazer e que mereça ser feita. A necessidade urgente de fazer missões é a consciência do pecado que grassa sobre a humanidade, com seu terrível poder e conseqüências. O pecador somente se reconcilia com Deus por meio do Senhor Jesus, que é o centro da Bíblia, o centro da história, o centro da mensagem salvadora e o cabeça da Igreja. 
         Se Deus é universal, um Deus para todos; se Cristo é universal, morreu por todos; se a Bíblia é universal e serve para todos, então o crente, salvo por Cristo, deve ser um anunciador de boas-novas para todos. Assim, a mensagem missionária é Cristocêntrica e envolve um grande empenho, como Cristo, que “deixou” para “ser” e “estar”, no sentido de trazer as vidas ao conhecimento da salvação. 
         Os discípulos anunciavam o Evangelho (as boas-novas) de Cristo, At 4:31; 8:5,35; 17:18; 1 Jo 1:3, etc. 
         O Cristianismo, historicamente, é um agente de transformação cultural nas sociedades. Na verdade, ele não envia obreiros para o campo simplesmente para mudar costumes nas artes, na política, na distribuição territorial e outros, mas para fazer uma revolução na área espiritual. O Cristianismo pode interferir nos princípios culturais básicos de uma cultura, conquistando pelo amor, agindo no poder do Espírito Santo e contribuindo para a melhora de vida das pessoas alcançadas pelo Evangelho, como foi o caso da Igreja Primitiva, que socorria os pobres, desvalidos, esfomeados, doentes e oprimidos, dando alívio às suas dores e aflições e elevando-os moralmente, eticamente e culturalmente.

VII – A CONSCIÊNCIA DA REALIDADE ATUAL 
          Segundo o livro Intercessão Mundial, hoje existem 138.492 missionários protestantes agindo no mundo, incluindo os que atuam em seus próprios países. E isto para uma população mundial com mais de 6 bilhões de habitantes, dos quais, como vimos no início, apenas 2 bilhões são cristãos, incluindo os nominais.
          Dentre os nominais, há uma grande maioria de católicos idólatras e um grupo considerável de seitas que se arrogam como cristãs. Sem contar que, nas estatísticas dos censos, constam como “evangélicos” muitos desviados, que estão à deriva da fé, no barco furado do pecado e do mundanismo e outros que “nasceram” na religião, mas nunca tiveram uma experiência pessoal com Cristo. Há também os chamados “evangélicos néo-pentecostais”, que pregam a mensagem com um misto de espiritismo e doutrinas antibíblicas, que voltam as atenções para muitas coisas e desviam os olhares do real sacrifício de Cristo.
          Embora a “World Mission International” apresente que houve uma diminuição considerável no número de Povos não Alcançados, em torno de 2.134, a Missão Amem chama a atenção que dentro de cada etnia não alcançada, existem pelo menos 3 grupos diferentes, principalmente nos costumes e línguas, o que dificulta a comunicação do evangelho.
Outro aspecto a considerar, é a vasta diversidade lingüística entre grupos minoritários - entre as 6.528 línguas vivas no mundo, possuímos a Bíblia completa em 366, o Novo Testamento completo em 928 e grandes porções da Bíblia em outras 918 línguas. De acordo com a Wycliffe Bible Translators mais de quatro mil línguas não possuem sequer uma porção da Palavra, sendo que 70% delas podem ser definidas como minoritárias. Aqui lidamos com um fato da cultura cristã: tem se tornado cada vez mais difícil arregimentar força missionária para alcançar grupos étnicos minoritários. De acordo com o Ethnologue, quatro mil das 6.528 línguas existentes são faladas por apenas 6% da população mundial.
Talvez a Igreja nunca tenha vivido tempo tão hostil à mensagem do Evangelho, às boas-novas de salvação. As Escrituras já previam tal situação, em 2 Tm 4:4-5. As pessoas estão cada vez mais buscando fábulas. O mundo evidencia o ressurgimento dos gnomos, duendes e fadas, esquecidos desde a Idade Média. A Nova Era vem trazendo à tona esses temas e as pessoas estão mais propensas a crer nestas fábulas do que no Evangelho. Sem contar as vertentes do cristianismo com práticas idólatras e rituais que fogem à chamada do homem ao arrependimento.
Por outro lado, existe uma crescente antipatia contra a religião de um modo geral. No Brasil, a sociedade nunca foi muito simpática aos evangélicos que pregam o arrependimento genuíno e isso tende a piorar ainda mais. Não bastassem as diversas atrocidades cometidas por religiosos e pseudocristãos no decorrer dos séculos, o Islamismo, uma das maiores religiões do mundo, tem protagonizado atos bárbaros de terrorismo contra grandes e pequenas nações. Nos Estados Unidos, existem leis proibindo a manifestação da religião nas escolas de todos os níveis e muitas empresas, de grande e médio porte, seguem o mesmo caminho de bloqueio à pregação da Palavra de Deus.
A idéia vigente de uma sociedade e uma economia globalizada, ao mesmo tempo em que abre portas para o envio de missionários, também abre portas para o ecumenismo, para a religião globalizada preconizada pela Nova Era, em busca de um domínio mundial em todos os sentidos.
A Igreja precisa resgatar a sua essência e assumir, com total confiança na providência divina, a sua responsabilidade num mundo em crise, onde o homem não tem identidade e pende, ora para o místico e para as fábulas, ora para o ceticismo e o desespero. Como Paulo aconselhou a Timóteo, assumir a sobriedade, suportar as aflições e fazer o trabalho do evangelista, procurando cumprir o ministério dado por Deus, 2 Tm 4:5. Sobriedade, para não cair no ridículo e no fanatismo; força, para suportar as aflições e perseguições; unção, para pregar a Palavra e evangelizar na autoridade do Espírito; comunhão com Deus, para cumprir aquilo que está em suas mãos, que Deus designou como seu ministério. 

Por Alaid S. Schimidt

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