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segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Realidade: Erotismo


Que revela tendências amorosas”. A origem do termo erotismo tem raízes na mitologia grega. Provém de Eros, que quer dizer paixão ardente, pulsão, libido. Considerado o deus do amor, era tido por jovem e brincalhão, filho de Afrodite, deusa do amor e da beleza. Na filosofia grega Eros era uma fonte de atração e despertava o desejo sexual onde estivesse. Possuía também grande força criadora e sua ausência poderia ser motivo para decadência e destruição. 
Numa releitura do mito, Freud relacionou Eros ao conceito de libido, combinação de pulsão sexual e força vital. Após a conquista da Grécia pelos romanos, Eros foi sincretizado aos deuses latinos e recebeu o nome de Cupido. A partir de então, Cupido associa-se à simbologia da paixão e do amor que resiste até hoje, dando a estes um sentido pueril, a partir de sua própria representação: um menino de três ou quatro anos ou púbere, com asas de anjo, cachos dourados e expressão de inocência, que expele setas por meio de um arco. 
Remetendo-se a Eros ou a Cupido, o erotismo não perde seu significado de origem: é um processo em homens e mulheres que manifesta a vontade pela excitação sexual, pelo orgasmo e por uma vivência sexual bastante prazerosa, geralmente baseada na libertinagem. Figuradamente, a palavra erotismo representa lascívia ou sensualismo, que são os termos mais utilizados pela Bíblia. O profeta Isaías, em 57:8 faz referência aos que põem os seus símbolos eróticos detrás das portas, reprovando-os. 


Todos os indivíduos possuem a potencialidade erótica, embora nem todos a exerçam. Há pessoas que vinculam o erotismo ao amor e à paixão, mas é absolutamente possível viver uma experiência erótica sem amor e com prazer, como no caso de relacionamentos sem compromisso. A inclinação para os prazeres dos sentidos fora do casamento é condenada pela Bíblia, Jd 19; Gl 5:19-21. Segundo o último texto, os que se entregam à lascívia, “não herdarão o reino de Deus”. Oséias 4:11 revela que a “sensualidade tira o entendimento”. 
O erotismo é uma experiência ao mesmo tempo subjetiva, biológica e social. O que é considerado erótico ou fonte-estímulo de prazer varia entre as pessoas e entre as culturas. O que agrada a um, pode desagradar ao outro; o que é normal em uma sociedade, pode ser proibido em outra. 
A vinculação do sexo ao erotismo se dá quando este é processado como uma forma de estímulo sexual. O erotismo é dependente da atração e do desejo, que pode ser por uma pessoa, por um objeto, ou o próprio indivíduo se esforçar por ser atraente a outro. Neste aspecto, aplica-se o uso de roupas, calçados, jóias, maquilagens, trejeitos, tudo que desperte o sensualismo. Existe, atualmente, lojas e feiras destinadas unicamente à indústria do sexo. A área do despertamento da atração do sexo oposto ou do mesmo sexo - no caso de homossexualismo - sempre foi muito explorada e, quanto mais avança o tempo, maior é a sua imoralidade. 
O erotismo também é uma palavra que pressupõe um conceito e uma existência da própria arte erótica. Envolve a estética, de forma que suas características especiais colocam-no ao lado da pornografia cotidiana, associando o erotismo à estética sexual, à atividade de transformar corpos desnudados em obras de arte. Em Is 3:16-24 há uma advertência para as mulheres sensuais, impudentes, revelando o juízo de Deus sobre a impureza de atitudes. 
A manifestação do estímulo sexual pode sofrer influência externa, porém não pode ser completamente controlada pelo esforço da vontade consciente. Os indivíduos são levados a administrar o impulso sexual, conduzindo-o para formas de comportamento sexualmente aceitas na sociedade: “o pecado jaz à porta; o seu desejo será sobre ti, mas a ti cumpre dominá-lo”, Gn 4:7. A Bíblia orienta a buscar o enchimento do Espírito Santo de Deus, o qual capacita o ser humano a viver segundo a vontade de Deus, em domínio próprio e de forma agradável, Rm 8; Gl 5:16, 22-25. 
A atração sexual entre um homem e uma mulher é absolutamente normal, porém o erotismo incita essa atração por meio de formas pornográficas, apoiando a prostituição, a impureza, a imoralidade. Segundo a vontade de Deus, toda manifestação erótica ou sensual entre um homem e uma mulher, deve ser desenvolvida dentro do casamento e em formas e maneiras claras dentro da Sua Palavra. A mulher cristã é chamada à decência, modéstia e ao bom-senso em sua apresentação perante a sociedade, 1 Tm 2:9. 

Por Alaid S. Schimidt

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