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segunda-feira, maio 28, 2012

Estudo: Crie raízes e frutifique - Parte 1


“Não me escolhestes vós a mim, mas Eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades, e deis frutos e vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai, em Meu nome, Ele vo-lo conceda”, Jo 15.16. 

Embora tenhamos que fazer uma decisão e entregar nossas vidas ao Senhor Jesus, aceitando o apelo da salvação, na verdade é Ele quem nos escolhe. Quando nos decidimos, apenas estamos respondendo “sim” ao chamado que Ele nos fez. É assim que pessoas tristes, desamparadas, desacreditadas, limitadas, rejeitadas, humilhadas, são por Ele valorizadas, alcançadas, transformadas, abençoadas e abençoadoras. Pelo Espírito Santo, os escolhidos são chamados a se santificarem pela fé na verdade da Palavra, e serem por Ele tornados aptos a cooperar com a expansão do Reino de Deus, tornando-se participantes da glória divina (2 Ts 2.13). 
A escolha do Senhor ao nos chamar é feita com propósitos por Ele definidos, que nos são revelados gradualmente, a partir das nossas decisões ao Seu lado. Primeiramente Ele nos escolhe, depois nos nomeia e depois nos envia. Ninguém escolhe os piores. Se vamos colher algum fruto, escolhemos sempre os maiores, mais bonitos, melhores à vista. Mas nem sempre as escolhas pela vista são as melhores. Quantos frutos bonitos na aparência que, quando abertos, estão estragados! Mas Deus conhece a essência. Ele disse acerca de Davi, o aparentemente inferior dentre os irmãos: “o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração”, 1 Sm 16.7.
Se o Senhor nos escolheu, é porque vê em nós condições sobejas para realizar tudo o que planejou a nosso respeito. Ele sabe onde está investindo. Após a escolha, Ele faz a nomeação, publicando oficialmente que agora somos Dele e estamos ao Seu serviço. “Eu vos escolhi e Eu vos nomeei”, é o que o Senhor nos diz.


Nomeação é a designação oficial de uma pessoa aprovada para suprir uma vaga para a qual ela concorreu ou foi designada. O nomeado sempre está sujeito a um poder superior, devendo, ao aceitar o cargo, fazer o compromisso de bem servir e bem desempenhar as funções previamente definidas. O nomeado deve servir onde for designado, sem direito a escolhas, a menos que o Senhor coloque diante dele opções. Foi isso que Abraão fez com Ló, permitindo-lhe escolher. A decisão de Ló foi a pior possível. Assim, o melhor é deixar a escolha para o Senhor, como fez Abraão, Gn 13.9-15.
Nenhuma planta produz frutos se não estiver com suas raízes bem fincadas e se não receber os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Quando Deus nos coloca em algum lugar, é para que ali finquemos nossas raízes e ali venhamos a frutificar. Essa deve ser a preocupação crucial do povo de Deus: dar frutos para o Seu Reino. E não é qualquer tipo de fruto: é um fruto que “permaneça”, isto é, um fruto que, além de produzir nutrientes, tenha também sementes que possam gerar novos frutos. 
Consideremos alguns tipos de comportamentos, dentre muitos, que dificilmente trarão um resultado de frutos bons para a Igreja do Senhor. Pessoas que foram escolhidas, mas que, pelo seu procedimento e atitudes reprováveis, não podem ser nomeadas. Ou até são nomeadas, mas com o tempo são excluídas por causa da sua negligência no desempenho do cargo ou função que recebeu.

1. O CEGO ESPIRITUAL – é aquele que leva a obra de Deus como conduz a sua vida profissional, familiar, algo que faz parte da sua rotina. Não busca o Senhor para saber qual o plano especial que tem para ele, não ambiciona grandes coisas na obra do Reino, simplesmente desenvolve uma religião. Deus não tem liberdade para falar, determinar, transformar, mostrar o que quer da sua vida. Ele decide o que é certo, o que é errado, sem buscar a orientação da Palavra de Deus e se fecha no comodismo, sem permitir que o Espírito Santo trabalhe em sua vida. Às vezes até trabalha para o Senhor, mas com limites que ele próprio se coloca por não buscar a visão de Deus para sua vida.
Paulo disse ao rei Agripa: “não fui desobediente à visão celestial”, At 26.19. Foi a visão da vontade de Deus que levou os grandes vultos da Bíblia a desempenharem tão grandes obras de fé, coragem, desprendimento e frutificação. As pessoas sem uma visão especial para a sua vida dificilmente permitirão que ela frutifique segundo a vontade de Deus. Permanecerão mirradas, ocupando espaço em terreno fértil, sem estender suas raízes e sem permitir o crescimento de seus ramos. Quando ainda têm bom comportamento, pelo menos servem de ornamento, colaborando com o número de participantes dos trabalhos com sua presença, mas dificilmente irão se realizar como obreiros frutíferos no Reino de Deus, porque não têm visão desse reino e do seu papel dentro dele.

Por Alaid S. Schimidt

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