2. O DORMENTE – é o que engana a si mesmo, descansando em sua mornidão espiritual. O sono é necessário para recompor as energias físicas e mentais, que permite o melhor desempenho diante das solicitudes da vida. Mas ele torna-se um estorvo à própria saúde quando se dorme demais. O corpo fica carregado de lassidão, a vontade própria fica à mercê da sonolência e nada se consegue desenvolver. Tipo da pessoa que está sempre “cansada”, “na pior”, indisponível para o serviço do Senhor.
Em 1 Co 11.29-30 Paulo fala dos fracos, doentes e dos que dormem por falta de discernir o corpo do Senhor. A ceia não é apenas um “memorial”, mas um chamado à lembrança do que Cristo fez por nós e por todos, permitindo o cancelamento dos nossos pecados e nos conduzindo à novidade de vida, transformando-nos num só corpo. O corpo do Senhor é vivo, ativo, precisa de cada membro com sobriedade, inteligência, santidade e disposição, para que possa agir e interagir na família, na Igreja, no mundo e na sociedade carente de Deus.
A pessoa que não discerne o seu papel no corpo de Cristo está “adormecida”. Apenas contempla o evangelho “de longe”, sem entender o seu chamado e sem atender à sua nomeação como escolhido do Reino. Está a um passo da morte espiritual. A esta, diz Salomão: “Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco a dormir, um pouco a tosquenejar; um pouco a repousar de braços cruzados; Assim sobrevirá a tua pobreza como o meliante, e a tua necessidade como um homem armado”, Pv 6.9-11. E Paulo conclama: “Desperta, tu que dormes, levante-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá”, Ef 5.14.
3. O NEGLIGENTE – é o que, pela escolha do Senhor, é nomeado para desempenhar atividades, exercer cargos e cumprir obrigações dentro da igreja. Mas se embaraça com outras coisas, perde a visão do seu chamado, esquece que foi escolhido e leva a obra de Deus de qualquer maneira. Determina quando e como vai servir a Deus e costuma colocar outras prioridades em sua vida que não sejam as coisas do Senhor. Em vez de deixar Deus decidir o melhor para ele, escolhe o que acha que deve ou não fazer, dando preferências a pessoas, grupos e outras formas de separatismo. “O que trabalha com mão displicente empobrece, mas a mão dos diligentes enriquece”, Pv 10.4.
Este conhece bem a técnica da “desculpa”, pondo defeitos em tudo e em todos, colocando empecilhos, cheio de “razões” para não servir a Deus ou servir do seu modo, prejudicando os que caminham com ele. Essa pessoa dificilmente chega no horário, sempre “esquece” alguma coisa importante, costuma faltar, deixa de cumprir obrigações e “empurra” suas tarefas “com a barriga”. Desperdiça o tempo, as oportunidades, o chamado e a chance de servir a Deus de forma agradável e aprovada. Ao tornar-se indolente, na verdade, ele está se afastando de Deus, da oração, do compromisso com a Bíblia, da vida normal da Igreja. “O negligente na sua obra é também irmão do desperdiçador”, Pv 18.9.
Jesus transmitiu a parábola dos talentos, em Mt 25, salientando que os servos devem ser zelosos em multiplicar os bens espirituais que a eles foram dados. O mau e negligente servo perde a confiança de Deus, do próximo, da Igreja, caminha sempre na corda bamba e, o que é pior, corre o risco de ser apartado do Senhor na eternidade. “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres”, Ap 2.5.
Por Alaid S. Schimidt
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